10/09/2013

Pomadas e assaduras

E as pomadas para assaduras? Quais as melhores ou piores? Eu diria que as mais conhecidas sempre funcionam. Leia-se como mais conhecidas Hipoglós, Dermodex e Bepantol. Acho que cada uma delas tem um ponto mais forte que as outras, sabe? Pela minha "vasta" experiência com dois bebês. 

A Hipoglós, agora também em versão Amendoas e portanto com atenuantes ao "cheiro de peixe", tem lá suas vantagens, ela trata bem a pele do bebê para prevenir assaduras, mas a textura dela é detestável, na minha sincera opinião. GRU-DEN-TA! Muito mesmo. Em contrapartida, a embalagem é bem prática, uma vez que a tampinha não sai (assim como a Dermodex Prevent).

A Dermodex desdobra-se em Prevent e Tratamento e, claro como o próprio nome sugere, a primeira versão previne ( é o mesmo que as usuais fazem) e a segunda versão, a Tratamento, trata, ou seja, depois que a assadura chegou. E trata mesmo. Quem já viu uma "bela" assadura no bumbum do bebê sabe o quanto aquilo aflige tanto os olhos de quem espia, como o bumbum de quem a possui. Aff! Pois bem, em caso de acontecer esse, digamos, percalço, com seu bebê, lave sempre a região, tendo o cuidado de secar perfeitamente e passe a bendita - Dermodex Tratamento. Não pense contudo que é milagre, ela não vai restituir a saúde do bumbum da pequena criatura instantaneamente, demora um dia ou dois, leia a bula e observe também que não é bom usar indefinidamente, pois "vicia" o fungo causador da assadura - aquele mesmo da cândida, sabe? Aquele da coceirinha inconveniente onde não bate o sol em nós mulheres - em geral...
Outra coisa, lave bem as mãos antes de besuntar o bumbunzinho do bebê. E se forem dois, então - como no meu caso, tem que ter cuidado redobrado para não contaminar o bumbum do próximo - bebê. Ah! E não é melequenta. Adoro!

A Bepantol, antes minha conhecida pelas fissuras no seio durante minha amamentação, recentemente ganhou a versão Derma e a Baby. Anteriormente era somente uma e o povo usava a danada em tudo. Na boca, em regiões tatuadas, queimaduras, fissuras de amamentação e, no bumbum do bebê - eu sempre volto pra ele e não podemos negar o quão fofinho é um bumbum de bebê. Aí, o laboratório depois de muita confusão, criou essa separação. E a versão Derma tem líquida também, é um milagre para os cabelos afuarados da pessoa aqui (mas aí é outra história). Para o bumbum, use a Baby, resumindo. Ela tem alto poder de regeneraçao, pois hidrata de dentro para fora. É muito boa também, apesar de não ter uma tampinha tão legal como a da Dermodex Prevent. A textura é maravilhosa e é ótima de remover.

Entre alhos e bugalhos, digo-vos pois: a minha preferida é a Dermodex Prevent e Tratamento, mas também gosto muito da Bepantol. A Hipoglós só em último caso, mas não é nada demais, é só porque é terrível de tirar da pele. Na verdade, cada mãe é que sabe com quê se adapta melhor, né? 

Dicas: 
1.Para evitar assaduras, troque regularmente as fraldas do bebê, dá um trabalhinho, eu sei, mas é melhor que cuidar da assadura depois. 
2.Só use lenços umedecidos quando estiver fora de casa, eles favorecem as assaduras. Tem uns pacotinhos de algodão em disco que são interessantes para limpar o bumbum dos nossos fofinhos bebês.
3.E, por favor, esqueça aqueles remédios caseiros para tratar o bebê, porque pode dar certo em alguns casos, mas a gente nunca sabe como a pele do pequeno vai reagir, ainda não deu para descobrir a quais coisas ele pode ser intolerante e aí, uma simples assadura pode se transformar em algo mais complexo, né?


22/08/2013

Das coisas que os bebês me ensinaram



1. Ter sempre em mente que é um bebê, uma criança e não uma ameaça. Muitas mães parecem se esquecer disso e praticamente tratam as crianças como rivais.
2. Eles não fazem as coisas por mal. Apenas não compreendem, em sua grande maioria, seus próprios sentimentos. Ficam confusos. Em muitas das vezes, eles sequer sabem porque gritam ou choram. Eles não aprenderam a se controlar, e pelo visto alguns dos adultos também não...
3. Não os repreenda em frente de pessoas estranhas, chame num cantinho. Você gostaria de se ver repreendida na frente de todos?
4. Na hora das birras - sim, elas são inevitáveis - tenha paciência e autocontrole. E quando estiver quase perdendo "as estribeiras"... respire fundo, conte até dez e... tenha paciência e autocontrole. Eles esperam isso.
5. Não adianta obrigar a comida descer goela abaixo. A gente se preocupa quando recusam-na, mas se tiverem fome, comerão, acredite.
6. Bater na criança não vai resolver, só vai deixá-la com medo de você. E medo é bem diferente de respeito. Enquanto muito pequena, parecerá respeito, mas com o tempo, a criança entenderá o que você fez e não nutrirá respeito. Só decepção e medo.
7. Não obrigue ou pressione em demasia o abandono às fraldas. Pense que as crianças praticamente já nascem de fraldas, então deve ser muito desconfortável e amedrontador - em alguns casos - abandonar uma quase parte do seu corpo. Tudo tem seu tempo. Incentivar, vale, mas obrigar e impor pode atrasar essa "evolução" e causar alguns traumas.
8. Criar uma rotina é sempre bom. Eles se sentem seguros pois sabem exatamente o que vem pela frente. O desconhecido é sempre meio amedrontador.
9. Criança chora. Não adianta inventar mil e uma razões, porque isso sempre vai acontecer, minha gente, mas em geral, é mais frequente quando ela sente sono - principalmente, no caso dos meus - ou fome. Então deixe para fazer "aqueles passeios" sempre que ela estiver bem alimentada e com o sono em dia.
10. Eles são nossos filhos e não vassalos ou escravos. Falar com eles sempre em tom autoritário, só vai deixá-los irritados e magoados, e receio que essa mistura não seja boa.


09/08/2013

Maternidade: uma transformação

Antes:

A casa estava sempre organizada, tudo em seu devido lugar.
Minhas tarefas domésticas e profissionais em dia. Nunca precisei de nenhuma "ajudante". 
Minhas roupas sempre organizadas.
Silêncio era comum. Tempo livre também, mas eu não sabia, achava tudo tão corrido. Mentira. Dava tempo de fazer tudo importante e desimportante também.
Raramente eu cozinhava. Qualquer comida dava certo. Uma tigela de ceral, uma papa de aveia também quebrava galho. Nunca fazia bolos.
Se eu quisesse - mas nunca quis - poderia dar vazão ao consumismo, porque eupodia ir ao shopping ou ao comércio quando bem quisesse.
Eu caminhava impreterivelmente todas as manhãs, bem cedo. Eu lia muita coisa. E via muitos filmes. Eu sou uma cinéfila consciente. 
Ficava fuçando na internet até tarde da noite. Atualizava meu blog com frequência e ainda era assídua nos alheios. Tinha amigos virtuais e tudo. 

Mas e daí? Seriam essas coisas mais interessantes do que cuidar de pessoinhas lindas? Ensiná-las a viver literalmente? Escutar "mamãe" pela primeira vez não tem preço. Apagam-se da memória todas as noites insones lá do começo. Receber plena e total confiança dessa pessoinha. Ela não tem medo de nada estando no colo dos pais, ou pelo menos não deveria.
Sabe, naquele "antes" eu achava que umas palmadas era uma coisa boa, não fariam mal, hoje não mais. Imagine você depositar toda a sua confiança em alguém e esse alguém usar de violência com você. É no mínimo decepcionante. Eu não bato neles. E não me sinto bem depois de perder o controle e levantar a voz pra eles, também. Imagine se eu batesse. Deus me livre. Não quero. Exige mais trabalho, mas para mim, compensa.
Acho interessante que se fala tanto em violência, até mesmo contra a mulher. Agora, bater numa criança muito mais indefesa do que um adulto não é considerado violência, né? A menos que seja espancamento, mas aí é outra coisa. É caso de polícia. 
Eu acho que pessoas que batem nos filhos são preguiçosas e descontroladas. Sempre que batem é porque perderam o controle, as rédeas da situação. E eu não digo que é fácil manter o controle, é difícil, mas é possível. Um castigo aqui, outro ali, também é eficaz.
Uma outra coisa que venho aprendendo é que não é bom repreendê-los na presença de outros. Eles se sentem envergonhados. Não é bom. Melhor chamar num cantinho e fazer o sermão. 
É como dizem por aí: educar é um trabalho de formiguinha.
Bom, mas à lista do "depois" segue-se, decorar todas as músicas da Galinha Pintadinha, Patati e Patatá, não, acho meio sem graça e com pouco "aproveitamento", enfim, não gosto. E por enquanto, ainda sou em quem decide isso, né? Então, aproveito.
Saber todos os personagens do Discovery Kids e suas estórias. Esquecer os saltos quando sair de casa - na verdade, esse item não me afetou muito. Não uso salto, só se for plataforma e anabela e olhe lá... mas essa é outra história.
Bolsas pequenas, esqueça. Têm que ser grandes para caber água, lanches e todo aquele aparato das fraldas, né? 
Fazer compras despreocupadamente - incluindo feira - pode riscar da lista também. Eles se estressam rápido, principalmente em lugares onde tudo é "proibido": não mexa, não se afaste, não toque, não grite, não pule etc e talz. Eles detestam. Uma boa dica é levar alguma coisa para distraí-los, um brinquedo, por exemplo (desde que não se confunda com os itens da loja em questão).
Atualizar minha leitura e blogs só consegui mesmo depois de algum tempo, um ano mais ou menos. No início, a gente se assusta um pouco com a mudança radical, mas depois compreende que é só uma fase. Compreende que eles não vão ser aquelas bolinhas de dar beijos pra sempre e isso apagou todo o resto para mim. A maternidade realmente foi a melhor coisa que já me aconteceu até hoje. Pode ter certeza.


05/07/2013

Três Letrinhas I e II

Três Letrinhas. Antes, Meu Sublime Botão. Isso, porque eu não imaginava que aquele a quem denominei de Meus Sublime Botão, quando na verdade era pouco mais que um gergelim (em dimensões), em breve seria acompanhado de um outro gergelim.
O objetivo inicial era escrever coisas sobre a minha gravidez. Coisas que eu pudesse lembrar depois de um tempo e que me enchesse de afeto, com um pensamento do tipo "que tempo bom". Porém, a vida fez com que aparecesse um novo habitante bem antes do que eu poderia supor e estendeu assim esse "que tempo bom" para  "que tempo bom" por mais tempo. (E a isso sou grata). 
Mas se alguém me contasse que passados nove meses do nascimento do Tres Letrinhas I, apareceria um sucessor para ele, eu diria sem sombra de dúvidas que essa pessoa tinha ensandecido, pirado na batatinha, enfim, perdido o juízo. E por quê? Oras, porque eu ainda me sentia cansada dos embates físicos da minha recente prenhez. Porém, aconteceu. E foi muito bom. Maravilhoso. Irmãos pequenininhos e comparsas...rs
Primeira reação: não acreditei! Corri na farmácia e comprei um teste: positivo! Mas como? Não precisaremos entrar nesses detalhes por aqui, não é mesmo? O fato é que sim, eu estava grávida novamente, mas as surpresas não parariam por aí (calma, não era de gêmeos, não). Eis que a minha gravidez já estava pra lá da metade e EU NÃO TINHA PERCEBIDO! Caramba! Logo eu, tão compenetrada em meus cálculos e tão observadora de tudo e todos? E eu me achava perspicaz... imagine você, como as pessoas podem viver enganadas e iludidas por anos a fio... mas, aconteceu comigo. Eu, grávida de quase CINCO MESES, e nem notei. Eu já tinha visto algumas histórias dessas, mas sempre achei meio exageradas. Não são. E existem n motivos para que a pessoa não perceba.
No meu caso, eu notava que a minha barriga era meio proeminente, mas pelo amor de Deus, eu não sou Cláudia Leite que num estalar de dedos estava com seu corpo intacto. Eu sou magra, meu IMC é quase no limite (da magreza) e durante a primeira gravidez, assim como na segunda, engordei muito pouco, chegando às vezes até a perder peso, o que em geral não é muito comum - mas quem disse que eu sou comum, ou estereotipada, hein? sempre me disseram que eu sou esquisita, então, paciência.
Pois bem, eu tinha 49 kg antes da gravidez e no momento, sentia uma certa dificuldade em retornar a esse peso, pois estava com 51,5 kg. E digo-lhes amigos, eu estava louca, porque não cabia nas minhas próprias roupas. Comecei os exercícios físicos... e....nada!
Então, eu comecei a achar que tinha um mioma. E de fato, aparecera um durante a primeira gravidez e depois sumira. Ele poderia ter voltado, pensei eu. E ficava especulando aquelas histórias de gente que ficava com a barriga enorme por causa de um bendito desses - mioma. Certo dia, pedi ao pai e responsável por todas as minhas prenhezes que apalpasse minha barriga, pois me sentia estranha. E eis que - pasmem! acreditem ou não - o meu pequeno habitante se mexeu. Ficamos meio que espantados e olhando um para o outro. Pensando simultaneamente "será isso que parece que é mesmo?". Eu fiquei embasbacada. Pode acreditar. Aquele aviso mensal de não gravidez e tão usual para nós mulheres se fazia ausente para mim, uma vez que eu amamentava minha primeira cria. Definitivamente, por aí, eu não descobriria, minha gente. Eu não menstruava havia muito tempo... E é aí que eu retomo aquilo de correr na farmácia e talz. E quando confirmei, visitei minha médica de sempre (desde minha menarca) e qual não foi minha surpresa (aquela lá do início do texto) quando ela me comunicou que já era uma gravidez de mais de três meses, com certeza. Passaria os exames de rotina, porque eram rotina, mas não trariam nenhuma novidade.
Bom, passado o susto, devo dizer que adorei saber que viria um companheirinho para Gui, sim, foi um outro menininho. No momento, são 9:18 h da manhã e ele ainda dorme.
Agora, Guilherme está com 3 aninhos e ele, Dan completará 2 aninhos em outubro. Eles são lindos, fofos, barulhentos, brigões, mas são infinitamente carinhosos. Meu maior presente. Agora, preciso ir, ele acordou...